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Cinco filmes amapaenses para você assistir no conforto da sua casa

Atualizado: 25 de set. de 2023

As indicações perpassam por diversos gêneros que ressaltam a importância das manifestações artísticas e ficcionais no cenário amazônico.


Por Paulo Rafael, Luhana Baddini e Mickael Marques


Diante de plataformas valorizadas de produções estrangeiras e Blockbusters de Hollywood nos cartazes de cinema, produções locais podem passar despercebidas ao público. Os filmes, que dialogam com a vivência nortista por meio de suas ambientações e personagens, reforçam a identidade e cultura do "Meio do Mundo”. As obras ganharam destaque em exibições dentro e fora do Amapá e, hoje, podem ser assistidas por você no sofá de sua casa.


Pensando nisso, trouxemos cinco produções do audiovisual amapaense disponíveis na internet. Além de apoiar e dar visibilidade ao cinema regional, você pode acompanhar diferentes histórias a qualquer hora, seja sobre uma cômica busca por um litro de açaí ou sobre a descoberta de plantas alimentícias em Macapá.


Açaí (2020)

“Açaí” é uma produção amapaense lançada em 2020, através do primeiro edital de Produção Audiovisual do Governo do Estado. Utilizando uma vertente humorística, o filme aproveita seus dezoito minutos da melhor forma possível, mostrando as vivências cotidianas da população amapaense. Ao assistir, acompanhamos Dionlenon e sua saga na busca por dois litros de açaí: de batedeira em batedeira, a viagem só aumenta, passando pelas mais diversas situações que nos colocam para refletir a respeito do ambiente que estamos inseridos, de uma forma leve e cômica.


Vale observar a diversidade de pessoas que aparecem no filme e a qualidade da trilha sonora, que são um reflexo das escolhas inteligentes que foram tomadas na produção da obra, contando com a parceria de variados profissionais da arte local. O curta é resultado do projeto social ‘’Cine Perifa’’ e foi premiado em duas categorias do 43o Festival Guarnicê de Cinema. É uma experiência necessária para sentir o coração do Amapá.


Ficha Técnica:

Direção: André Cantuária

Roteiro: Sandro Romero

Produção: Rafael Aleixo

Produção Executiva: Jhenni Quaresma

Direção de Fotografia: Nildo Costa

Direção de arte: Pedro Stkls

Edição/Montagem: Richard Monteiro e Ícaro Reis

Trilha Sonora: Manoel Cordeiro e O Sósia

Desenho de som: Hian Moreira

Preparador de elenco: Thomé Azevedo

Estrelando: Joca Monteiro

Elenco: Deize Pinheiro, Rute Xavier, Naldo Martins, Paulo Bastos, Lu d Oliveira, Adalberto Marques, Veerney Nunes, Murillo Mathiel, Dionizio Junior, Kaio Castillo, José Augusto, Neto Montalvão, Laura do Marabaixo, Danu Alcântara, Sarah Aranha, Lucas Souza, Silvana Eduvirgens, Maria Rosa, Mauricio Maciel, Nilton “Biro Biro”, Caique Sampaio, cadela Pantera.


Carta sobre o nosso lugar mulheres do Vila Nova (2020) e Utopia (2018)

A jornalista e cineasta amapaense Rayane Penha, iniciou suas produções características do Norte como diretora e roteirista dos documentários “Carta sobre o nosso lugar mulheres do Vila Nova”, para o Canal Futura, e “Utopia”, disponível no Itau Cultural Play. O filme “Utopia”, que percorreu festivais mundo afora e ainda teve vaga para a final da 21ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. O cenário da produção é o garimpo Vila Nova, localizado no município de Porto Grande, onde o foco é o olhar humanizado para os garimpeiros que vivem à margem, a partir de relatos íntimos da vivência no garimpo. Uma realidade da Amazônia que é pouco citada, divulgada, mas que mantém até hoje um cenário de esperança e desilusões.


Ficha Técnica:

Direção, Argumento e Produção Executiva: Rayane Penha

Direção de Fotografia: Régis Robles

Som Direto: Klebson Reis

Montagem: Rodrigo Aquiles Santos e MC Super Shock

Direção de arte e making off: Luiza Nobre

Trilha Original: Aron Miranda

Mixagem e Masterização: Saturação

Imagens de arquivo: Cassandra Oliveira e Tami Martins

Colorização e Finalização: Saturação

Personagens: Lucinho, Jorge Penha, Wanderley (Pica Pau), Zé Maria, José Dourado (Goiano), Dina

O filme Utopia pode ser assistido gratuitamente no Itaú Cultural Play, disponível aqui.


Agora já foi (2015)

O curta-metragem de 19 minutos chamado “Agora Já Foi” é uma ficção a respeito de uma gravidez indesejada na adolescência. O filme é de cunho espírita, contando com alguns esclarecimentos por esse ponto de vista religioso e espiritual, portanto, é contra o aborto por conta de funcionar como forma de suicídio aos olhos de Deus. Trata-se de um retrato de uma situação muito recorrente no Estado e no país em geral, uma jovem menina engravida e não tem apoio do pai. Essa temática é pouco explorada no audiovisual brasileiro, por conta de ser um assunto polêmico e tabu, como a maioria das questões sobre o empoderamento do corpo feminino. Este curta-metragem foi premiado como a melhor direção e melhor filme no V Festival de Cinema Transcendental, em 2015, em Brasília, Brasil.


Ficha Técnica:

Roteiro e direção: Manuela Oliveira

Elenco: Thomé Azevedo

Direção de Produção: Ana Vidigal

Produção Executiva: Felipe Menezes


Solitude (2021)

Uma animação da roteirista e artista Tami Martins, da qual retrata a Amazônia através da personagem de Sol, que encara a solidão e carência após o término de um relacionamento abusivo. Paralelo a isso, no Deserto do Atacama uma Sombra busca independência porém começa a desaparecer aos poucos. A animação foi apreciada nacionalmente por meio de festivais, como o Festival de Cinema do Rio, e se destacou por ser o primeiro filme amapaense no Festival de Gramado, mostrando as potencialidades do eixo da animação no Estado. Tanto é, que a artista Tami Martins revelou que foi preciso capacitar animadores amapaenses para a produção do “Solitude”, então espera-se que a partir desse curta-metragem, esse segmento tenda a crescer por aqui.


Ficha Técnica:

Produção: Lucas Monte

Roteiro: Aron Miranda, Tami Martins

Direção de Arte: Tami Martins

Animação: Arnon Vicente, Arthur Delgado, Gizandro Santos, Joyce Nagamura, Kleston Marques, Luís Henrique Martins, Maria Luiza Baganha, Otoniel Oliveira, Paula Lobato Pontes, Thalyne Tenório

Empresa(s) produtora(s): Castanha Filmes e Jubarte Audiovisual

Produção Executiva: Lara Lages

Montagem: Jhenni Quaresma

Cenários: Igum Djorge

Disponível no Itaú Cultural play - Acesse aqui


Super Panc Me (2020)

Estrelado por Hary Silva, o filme reúne um elenco talentoso que contracena em diferentes áreas da cidade de Macapá. Na trama, acompanhamos Gabriela, jovem determinada a conseguir uma renda extra capaz de ajudar sua avó e a sua própria economia. É a partir dessa necessidade que ela se encontra envolvida em uma produção documental sobre as plantas alimentícias não convencionais, também conhecidas como PANC. Seu contato com esse universo a introduz a uma nova ótica sobre a relação do homem com a natureza e a conduz por diferentes reflexões aplicadas no cenário amapaense.


Ficha Técnica:

Roteiro e direção: Marcus Vinícius de Oliveira

Elenco: Hary Silva, Wellington Dias, Joca Monteiro, Ana Caroline, Adriana Abru, Filipe Galvão, Jones Barsou, Josiane Ferreira, Júnior Ramone, Kassidy Wesley, Leia Lima, Lucas Souza, Lu de Oliveira, Nedy Mendes Vaney Lobato, Veerney Nunes.

Direção de Produção: Samara Alencar

Montagem: Sanara Medeiros

Fotografia: Dani Azul

Trilha Sonora: André Moura


*Matéria produzida na disciplina de Redação e Reportagem II, ministrada pelo professor Alan Milhomem.



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