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Doe vida: saiba como doar para o Banco de Leite Humano do Amapá

O serviço enfrenta baixo estoque e pede apoio para novas doadoras.


Por Leticia Amorim e Fernanda Miranda

Edição: Fábio Maciel

Banco de Leite Humano do Amapá
Banco de Leite Humano na Maternidade Mãe Luzia. Fonte: Sesa/AP

O leite materno contém nutrientes e anticorpos necessários para o desenvolvimento saudável dos bebês, um poderoso alimento capaz de salvar vidas especialmente de prematuros ou bebês de baixo peso. Neste mês de janeiro, o Banco de Leite Humano (BHL) do Amapá lançou um alerta sobre o baixo estoque e faz um chamado para novas doadoras.


Poucos MLs podem alimentar vários bebês por dia que não podem ser alimentados pelas mães. O BHL do Amapá, que faz parte da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR), enfrenta dificuldades para atingir o volume mínimo de cinco litros diários de leite materno, e contabiliza apenas dois litros em meio à crise.


“A gente está nesse momento com o estoque crítico, é angustiante até a gente não saber a semana que vem, daqui a dez dias quanto leite teremos, se terá leite. Então, a gente está nessa campanha intensa em redes sociais pedindo apoio das mídias”, lamentou a coordenadora do BLH, Darcyneide Dias.

Doadora do Banco de Leite do Amapá
Diúliane Gomes e seu bebê. Fonte: Arquivo pessoal

Diúliane Gomes, 32 anos, é mãe de um dos recém-nascidos beneficiados pelo Banco de Leite. Após complicações no parto, ela foi encaminhada para a enfermaria enquanto seu filho recebia oxigênio e o leite materno no berçário. Em gesto de agradecimento pelo cuidado prestado, hoje está cadastrada no BHL e incentiva lactantes a salvarem vidas.


“Eu não tive como dar de mamar para ele e ele foi alimentado pelo Banco de Leite e quando eu vi sobre o baixo estoque de leite, eu não pensei duas vezes. Eu quis retribuir esse ato que fizeram de alimentar meu filho e poder alimentar outras criancinhas, outros bebês que ainda estão lá”, relata Diúliane.


O BHL do Amapá recebe doações de mães da região metropolitana de Macapá, que atende os municípios de Macapá, Santana e Mazagão. O Banco agora também recebe doações de Tartarugalzinho, por meio de uma parceria com a rede municipal. O próprio município faz a entrega de kits, recolhe e leva até a sede do Banco de Leite Estadual, na capital amapaense.


Saiba como doar

Todas as mulheres lactantes saudáveis podem ser doadoras de leite materno. Não é necessário ir até o local, basta entrar em contato pelos números (96) 98115-9018 ou (96) 98403-2283. A equipe do Banco de Leite vai até a mãe, faz o seu cadastro, leva o material necessário para coleta e depois faz a busca. Sem necessidade de deslocamento das doadoras.


“A nossa equipe vai na casa dela ou no trabalho, onde ela estiver, e deixa o kit. Ele já vai todo esterilizado e pronto para o uso. Mandamos as orientações, tiramos as dúvidas pelo telefone mesmo, às vezes durante a coleta, e aí na semana seguinte a gente passa novamente na casa dela para trazer o leite”, explica a coordenadora Darcyneide Dias.


Veja a convocação da Coordenação do Banco de Leite Humano do Amapá:


O BLH também faz a coleta presencial, com atendimento 24h. A unidade está localizada na esquina da Av. FAB com a Rua Jovino Dinoá, ao lado do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML). Lá também é realizado suporte e orientações sobre amamentação, disponível a todas as mães.


Há Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH) presenciais também na Maternidade Bem Nascer, na Zona Norte de Macapá (Av. Prof. Glauco - São Lázaro), no Hospital São Camilo (Rua Dr. Marcelo Cândia, 472 - Santa Rita, Macapá) e no Hospital Estadual de Santana (Rua Pedro Salvador Diniz, 187 - Remédios, Santana).


O Ministério da Saúde indica que o leite materno para a doação deve ser armazenado em frascos de vidro de boca larga e tampa de plástico previamente esterilizados. Também é indicado a higienização da mama com água e lavar as mãos com água e sabão, além de utilizar máscara sobre o nariz e a boca para evitar que gotículas de saliva caiam no leite doado.



*Reportagem produzida na disciplina de Webjornalismo ministrada pelo professor Alan Milhomem.


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