Iniciativa ajuda na preservação do meio ambiente, promove o bem-estar, estimula a valorização da natureza e das comunidades que fazem parte dela.
Da redação
O Turismo Ambiental é uma atividade que busca diminuir os impactos negativos da visitação em lugares de preservação e proteção de ecossistemas e biodiversidades. Essa prática é feita por especialistas que, além de mostrar o local, realizam um trabalho de educação e conscientização ambiental.
Essa forma de turismo mais responsável resulta na conservação do patrimônio natural, além de ser uma alternativa a longo prazo para as gerações futuras e concentrar o foco nas estratégias de desenvolvimento sustentável. Em Macapá, a prática ganhou destaque e tornou-se uma das principais atividades turísticas da cidade.
Hemerson Santos é guarda-parques há mais de 10 anos. A profissão é responsável por manter a funcionalidade de lugares preservados e acompanhar os visitantes durante o passeio. Hemerson trabalha no Bioparque, e conta algumas de suas experiências no local.
“Trabalhar em qualquer área de preservação é extremamente desafiador. Manter o local preservado e ensinar para as pessoas a importância ambiental de espaços como esse vem sendo um trabalho difícil. A gente sempre acha lixo jogado pelo local, bitucas de cigarros que às vezes causam pequenos incêndios, e coisas assim. Mas, às vezes, principalmente com as crianças, nós conseguimos repassar para elas o quão importante é manter o meio ambiente preservado”, afirma o guarda-parques.
O Bioparque da Amazônia, inaugurado em 2019, é o espaço com maior área de preservação na cidade de Macapá. Com o total de 107 hectares, o local conta com quatro biomas e uma extensa variedade de animais, sendo atualmente um dos locais que mais recebe visitas. A fauna diversa, típica da Amazônia, é um grande atrativo para o público, sendo a onça pintada e os macacos de diferentes espécies os mais procurados.
No entanto, pela extensão do parque, a prática tem seus pontos negativos. Com a popularidade do parque, é muito comum ver pelas suas dependências os mais variados tipos de lixos.
“Existe um problema grande dentro do Bioparque com isso, porque a gente pode educar, colocar placas e até fazer uma vigilância mais pesada, mas essa é uma área extensa e é muito difícil de controlar. Isso é um dos nossos maiores problemas, porque temos muitos animais que vivem soltos. Esses lixos expostos causam riscos à vida deles”, comentou Andrezza Andrade, bióloga do Bioparque.
Aqueles que decidem passar um tempo no local têm a oportunidade de conhecer um pouco sobre a importância da natureza e de preservá-la. Foi isso que aconteceu com Monica Luana Dias Gama, de 40 anos, que nunca tinha ouvido falar em turismo ambiental. Ela é mãe atípica de um menino de cinco anos e conta que seu filho ama os animais e sempre quis conhecer o local.
“Ele sempre gosta de estar mais na natureza. Acredito que seja por ser um lugar mais calmo. A gente viu na tv um dia que tinha um onça aqui, e desde esse dia ele quis vir. Esse termo de turismo ambiental é novo para mim, mas vou procurar mais lugares que fazem esse tipo de passeio pra levar ele”, relata Mônica.
São inegáveis os benefícios do turismo ambiental, desde a conservação do espaço e a educação ambiental dos participantes até a promoção de atividades sustentáveis, dentre outros.
A prática do turismo ambiental vem crescendo cada vez mais. Junto do seu crescimento existe não só a oportunidade de aprender a cuidar melhor do meio ambiente, mas também de conhecer um pouco mais as belezas naturais do estado.
Reportagem produzida para disciplina de Laboratório de Produção Jornalística ministrada pela professora Laiza Mangas
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