Corridas de rua em Macapá: além do esporte, um espaço de socialização e convivência
- AGCom

- há 15 horas
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Atualizado: há 9 horas
A prática esportiva ganha força como aliada na saúde mental e socialização dos amapaense.
Sandy Santos e Rayssa Lima*

Na capital do Meio do Mundo, a corrida de rua tem ganhado destaque como uma aliada da saúde mental e da socialização. Em Macapá, o esporte deixou de ser apenas uma prática física individual e se tornou um ponto de encontro para amigos. Como eventos gratuitos e tradicionais, como a corrida do Aniversário de Macapá que em 2025 reuniu mais de 7 mil participantes.
O conjunto de pessoas com essa paixão em comum pelo esporte deu origem à criação de equipes de treino, como: Equipe RB, Prime Runners, Ensina & Forma, Life Esporte e Porta do Sol, que adotaram diversos pontos da cidade para os treinos, entre eles, a Praça do Meio do Mundo, o aeroporto e a orla do Santa Inês.

Pensando nisso, Gabi Viana fundou a equipe de corrida Prime Runners, em maio de 2025, unindo amigos do bairro Brasil Novo, na zona norte de Macapá. “A corrida de rua me salvou e me salva todos os dias”, afirma Gabi. Ela começou a correr por lazer em 2008, mas foi após a pandemia, enfrentando ansiedade e princípio de depressão, que a corrida se tornou essencial. Participou da sua primeira prova oficial em 2022 e desde então não parou mais. “Nesses eventos eu conheci pessoas que passaram pelos mesmos problemas que eu, e isso fez com que eu me sentisse parte de algo maior”, conta. Para Gabi, a corrida é mais do que um esporte, é uma aliada importante para a saúde mental.
Esse mesmo sentimento é compartilhado por Michele Frutuoso, corredora amadora e também integrante da equipe Prime Runners, para quem a corrida ganhou um novo significado ao longo do tempo. “Fico muito feliz e emocionada, cada corrida é uma superação, é evolução, é você saber que ali você já é um vencedor independente de pódio, medalha”, afirma Michele.
A acadêmica de fisioterapia Ana Letícia Brito, de 18 anos, é uma das jovens atletas que se destacam em provas de 5 km. Corredora profissional, ela relembra como foi o início da sua socialização no esporte, quando entrou para sua primeira equipe. Atualmente, integra a equipe Porta do Sol, na qual acabou criando vínculos e fazendo amigos. “Nesse outro grupo que eu tô, eles são mais parceiros, a gente faz eventos, por exemplo, festas juninas, que a gente faz nós mesmos. E tem uma socialização da minha parte maior, consigo me abrir mais com eles”, afirma.

A psicóloga Brenda Machado destaca que: “sentir-se parte de um grupo reduz o isolamento, aumenta a autoestima e oferece apoio emocional. A convivência em equipe fortalece vínculos e favorece a recuperação emocional”. Além disso, a psicóloga reforça que, associada à psicoterapia, a corrida pode potencializar o cuidado com a saúde mental. “O ideal é integrar a corrida como um recurso de autocuidado dentro do processo terapêutico”, explica.
Por outro lado, ela alerta para o risco de que o esporte se torne uma fonte de ansiedade, quando a cobrança por desempenho ultrapassa o prazer da prática. “Isso acontece quando a pessoa se cobra demais e transforma a corrida em obrigação. É importante focar no prazer da atividade, não em resultados”, finaliza.
*Notícia produzida na disciplina de Redação e Reportagem II, ministrada pelo professor doutor Alan Milhomem.








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