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MOSTRA DA AGCOM REÚNE ACADÊMICOS NO AUDITÓRIO DO DCET

  • Foto do escritor: AGCom
    AGCom
  • 13 de mar. de 2020
  • 3 min de leitura

Foram exibidos os documentários QUEM É VANDA e DJAMBO.



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Por Luiz Felype


Na terça (10), começou a Mostra de Cinema da AGCOM (Agência Experimental de Comunicação), na Universidade Federal do Amapá (Unifap). O primeiro filme exibido foi “Quem é Vanda? ”, seguido de um Debate com o tema “Onde Ela Quiser”, em parceira com o projeto de extensão Meninas na Computação. O documentário conta a história de Vitória Margalho, uma mulher paraense, mãe de três filhos, que trabalha como profissional do sexo há 40 anos. O debate discutiu a importância em dar voz a todas as mulheres e respeitar as escolhas profissionais e do corpo.


“Em uma sociedade em que se diz o que a mulher tem que ser, o que tem que fazer, onde deve estar e como deve se portar, é essencial o debate em que falamos de mulheres que são estigmatizadas, invisibilizadas e jogadas à margem”, afirma a professora de Ciência da Computação e coordenadora do projeto de extensão Meninas na Computação, Patrícia Araújo.


O projeto surgiu da necessidade de dialogar sobre o lugar da mulher. “Quando pensamos na computação, uma área que está cada dia mais crescente e visada, poucas são as mulheres que estão atuando. Na história da computação, é muito curioso perceber, que no princípio, quando era só uma área que estava surgindo da matemática, sem nenhuma perspectiva de sucesso ou ganho de dinheiro, quem dominava a área eram mulheres”, complementa.


Participaram da mesa de debate a professora Lylian Rodrigues, do Jornalismo/Unifap, o cineasta Chico Carneiro, o professor Fábio Zanoni, do curso de filosofia da UEAP, e a jornalista Ana Cleide Torres. Ana Cleide apresentou a pesquisa que gerou o livro reportagem “NO PONTO: Alugam-se corpos – narrativas das profissionais do sexo em Macapá. O professor Fábio Zanoni explanou sobre o conceito Just in Time, analisado pela prostituta Monique Prada, que localiza o subemprego da prostituição assim como demais subempregos sejam motoristas de Uber ou caixas de supermercado. Entretanto, complementou a professora Lylian Rodrigues, que o lugar da prostituição ocupa um debate da sexualidade, que interdita a palavra assim como a mulher. O cineasta ressaltou a luta política do Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará, que busca políticas públicas de saúde, entre outras, para as profissionais.



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Ana Cleide Torres escreveu um livro reportagem sobre a narrativa das profissionais do sexo em Macapá junto com a jornalista Jéssica Marinho, que não pôde estar presente. O livro tem como objetivo desconstruir a figura da prostituta e narrar história de vida de cada personagem. “O que deve ser levado em consideração é a voz de quem vivencia a prostituição, a busca dessas pessoas pelos seus direitos. O debate nesse caso é que a regulamentação da profissão reduz vulnerabilidade que as prostitutas estão sujeitas, como violência e exploração sexual e o tráfico de seres humanos”.



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Ana Cleide Torres: "O que deve ser levado em consideração é a voz de quem vivencia a prostituição". Foto: Maian Maciel


Atualmente morando em Moçambique, o paraense Chico Carneiro acompanhou, no auditório do DCET, a pré-estreia em Macapá do filme “Quem é Vanda”. Carneiro afirma que o filme surgiu “por acaso”. “Um amigo meu falou que tinha uma história incrível para contar, mas não sabia como fazer filme. E eu disse ‘olha, eu sei fazer filme e qualquer história incrível para contar poder virar um bom filme’. E a história que ele tinha era justamente que ele conhecia uma prostituta que trabalhava vendendo calcinhas e sutiã. Na verdade, o filme surgiu dessa ideia dele”, afirma o cineasta que faz filme sem utilização de roteiros e utilizou uma câmera GoPro para realização do documentário que durou um único dia.



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Chico Carneiro à esquerda e o professor de Filosofia, Fábio Zanoni. Foto: Luiz Felype



Na quarta-feira (11), foi exibido DJAMBO, no auditório do DCET. Um filme que abordou a história de um fotógrafo guerrilheiro moçambicano que participou da luta pela independência do país, em 1975. Hoje, ex-colônia portuguesa. Além disso, apresentou a importância da câmera como arma e da imagem como história e memória. Este debate contou com a presença em massa das turmas de Jornalismo, que tiveram muitas questões sobre como fazer documentário. A comunicação é uma área importante nas lutas políticas e sociais.



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Segundo dia de exibição cinematográfica no DCET.

Foto: Maian Maciel

 
 
 

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