Por Fábio Maciel
No dia 5 de setembro, aconteceu no Município de Ferreira Gomes, cerca de 132km distante de Macapá, o ato público em defesa da Amazônia. Esta data foi criada com o propósito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo.
A Amazônia, atualmente, sofre com a chegada de grandes empreendimentos na região e com o desmatamento, sendo uma das suas principais causas o avanço das plantações de soja e da pecuária, assim como a criação de hidrelétricas e a mineração responsáveis pela destruição da floresta. Segundo Wemerson Santos, representante do Fórum Social Pan Amazônico, várias lideranças de movimentos se reuniram com o objetivo de chamar atenção para o que acontece na região.
“A Amazônia não pode continuar sofrendo como vem sofrendo nos últimos anos, principalmente nesse ano de 2019, com políticas públicas da atual gestão, violações dos territórios da natureza, sobretudo o modo de vida das comunidades tradicionais. Esse é um chamado para o desmatamento do agronegócio, hidrelétricas e mineradoras, precisa se enfrentado e repudiamos esse modelo de governo que viola os nossos direitos”.
Seu Cesário Rodrigues, 76 anos, membro do Movimento dos Atingido por Barragem – MAB, relata sobre as dificuldades que moradores das comunidades ribeirinhas de Ferreira Gomes enfrentam com a instalação da hidrelétrica cachoeira caldeirão. “Eu tô passando necessidade com minha família, passando fome o dia todo às vezes, acabaram com meu ramo de vida. Aqui, nós passamos a metade da noite no escuro e quando a luz volta, queima freezer, televisão queima tudo com esse negócio de falha de energia. Os ribeirinhos não têm uma energia de qualidade, eu não sei o porquê, já que o município tem três barragens; e outra, ninguém está podendo pagar energia aqui, está vindo demais caro, seiscentos, oitocentos, eu tô devendo um mil e duzentos de energia; para um pobre que não tem condições da onde tirar, como é que vai ficar? ”.
O bioma amazônico possui 4.196.943 milhões de km² abrangendo nove países e oito estados brasileiro, com 26% da sua área protegida em território nacional. Tem papel fundamental na regulação do clima. Na América do Sul, ela existe há uns 60 milhões de anos e passou pelo metabolismo terrestre, naturalmente. Entretanto, não sobrevive ao impacto da ação e da tecnologia humanas de motosserras, tratores, fogo, queimadas, fumaças e fuligem. Diante do cataclismo moderno do aquecimento global, os lugares desmatados tornam-se espaços inóspitos à vida. Salvar a floresta é salvar a vida humana.
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