Fernando Pereira/ AGCom
Em 2002 o Brasil conquistou o seu pentacampeonato, com uma seleção que chegou desacreditada por conta de uma derrota que para muitos foi vergonhosa contra a França em 1998 – (ai se soubessem o que aconteceria em 2014), e eu, no auge dos meus quatro anos de idade, assisti a grande maioria dos jogos da Copa da Coreia do Sul/Japão junto com meu pai, no sofá de casa, o que se tornaria uma tradição de pai e filho ao longo dos anos. Nesse ano, vi Ronaldinho Gaúcho fazer um dos gols mais emblemáticos das copas em uma cobrança de falta contra a Inglaterra, escutei a narração frenética do Galvão quando os 4 turcos foram atrás do Denílson, assisti o Kléberson carimbar a trave do Oliver Khan com uma bomba e jogar demais na final, e de quebra comemorei os dois gols do Ronaldo contra a Alemanha, que nos consagrou campeões.
Seriam memórias incríveis se eu pudesse me lembrar desses jogos que assisti, mas infelizmente tudo que eu tenho de lembrança sobre Copa do mundo era a vontade de fazer o ‘corte cascão’ do Ronaldo e as eliminações para França em 2006, Holanda em 2010, e o fatídico 7x1. Depois dessas Copas, em especial 2014, eu poderia estar cabisbaixo, desacreditado, até sem vontade de acompanhar como sempre fiz, mas a verdade é que eu nunca estive tão empolgado e confiante como estou para o mundial da Rússia. É claro que com os 20 anos que carrego agora, minha concepção sobre futebol mudou bastante, e posso discernir a paixão de um garoto que via com fanatismo os jogos do seu clube e seleção, do jornalista esportivo que eu pretendo ser ao finalizar meu curso de Jornalismo que iniciei em 2015.
Nesse ano espero poder assistir todos os jogos, e a verdade é que eu não aguento mais de tanta ansiedade e estou contando nos dedos para acompanhar todos os detalhes, fazer anotações, registrar tudo, poder eleger o gol mais bonito da competição, dar meus pitacos sobre quem foi o melhor jogador, escolher um time queridinho (Islândia largou na frente como esse candidato na Eurocopa de 2016, mas a Costa Rica ganhou meu coração em 2014), e torcer como nunca pelo Hexacampeonato do país do futebol.
E relembrando um comercial do mundial anterior onde crianças que nasceram após o titulo de 2002 e que diziam a seguinte frase “eu nunca vi minha seleção ser campeã, Brasil, joga pra mim!”, eu faço meu pedido, mas com uma pequena alteração: Eu já vi a minha seleção ser campeã, mas não me lembro, Brasil, joga por mim também!
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