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Dia Internacional das Mulheres Indígenas em Macapá

Foto do escritor: AGComAGCom

Atualizado: 15 de out. de 2019

Por Lylian Rodrigues


Em Macapá, não passou em branco o Dia Internacional das Mulheres Indígenas, em 5 de setembro. Foi com uma instalação de protesto, em memória aos povos que estão morrendo na luta pelo território, que mulheres indígenas, homens indígenas e outros movimentos sociais em rede com esta causa marcaram presença na Praça Floriano Peixoto. Com cruzes cravadas na terra, espalhadas pelo gramado da praça, a intervenção no espaço público traz como símbolo a morte, com inscrições de nomes de etnias, homens, mulheres e crianças indígenas que foram mortos e mortas durante esta luta, no Brasil e mesmo em outros países. O ato simbólico é significativo neste dia 5 de setembro, que celebra o dia internacional das mulheres indígenas e também o dia da Amazônia.





O dia internacional da mulher indígena foi criado em 1983 para lembrar a luta das mulheres indígenas e as mulheres indígenas na luta. Aconteceu durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tihuanacu – Bolívia, organizado pela ONU Mulheres e preserva em memória coletiva a índia Aimará Bartolia Sisa. A mulher quechua comandou junto com o marido Tupac Kataria uma rebelião no Alto Peru, atual região da Bolívia, em 1781 contra os espanhóis. Ela foi esquartejada durante a rebelião anticolonial. Organizações e governos latinos buscam anualmente marcar a data com atos e reforços para esta luta.



"Nós, mulheres indígenas, mesmo não estando na ladeia, estamos lutando contra todas as opressões que a gente tá vivendo dentro da aldeia e fora da aldeia" -Merlane Tirió




A organização envolvia a Articulação das Mulheres do Amapá – AMA - e mulheres indígenas que moram na cidade. Marinalva Silva, participante da AMA, esteve presente e garantiu apoio à luta, “a gente tem uma pasta com as mulheres indígenas. Falávamos sobre o racismo contra as mulheres negras, mas hoje nós incluímos as mulheres indígenas dentro do nosso agrupamento”.


Na praça Floriano Peixoto, o microfone esteve aberto. Loyana Santana lembrou a morte de uma indígena brasileira. “Dezesseis dias depois de voltar de um protesto em Brasília, no STF, a líder Kaiowa Marinalva Manoel, 27 anos, foi assassinada a golpes de facas em Dourados, O corpo foi encontrado às margens da BR 163. Mãe de dois filhos, ela pertencia a comunidade Ñu Porã, conjunto de barracos de lonas onde moram 28 famílias Kaiowas eles reivindicam cerca de 1500 hectares, quase todos ocupados por uma empresa de cultivo de grama”. As mortes indígenas estão estreitamente relacionadas aos conflitos de terra. As pautas da luta das mulheres indígenas estão em plena construção e esperamos mais contatos destes movimentos para ampliar o debate e conhecer.



Fotos: Aline Brito e Irlan Paixão

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