Maria Silveira/ AGCom
Utilizando de humor crítico e um pouco de nanquim, “Aqueles desenhos lá”, título das obras de Victor Neves, estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Unifap, traz em seus fanzines ilustrações e textos inspirados em Adão Iturrusgarai, Laerte, Millôr Fernandes e Luis Fernando Veríssimo.
“Meus amigos pediam para ver meus desenhos falando ‘e aqueles desenhos lá’, daí o nome. Desenho desde criança, via meu pai escrevendo anotações e as dando para seus amigos, peguei esse costume dele” diz Victor.
Começa com anotações rabiscadas em qualquer folha, achadas depois de anos ou de semanas, sketchbooks (caderno de esboços) recheados de escrita e desenhos. Seu conteúdo é “uma união de ideias soltas” como diz Victor. Ele começou a criar os fanzines quando conheceu a obra “Minhas Manas” de Thainá Rodrigues.
Fanzines são revistas autorais e com publicações individuais que podem ser trocadas, distribuídas ou vendidas com temas sobre qualquer assunto, geralmente envolvendo críticas irônicas em desenhos e textos feitos se você tiver papel, tesoura e dez centavos para xerox.
O acadêmico usa esses meios para a produção de suas revistas, as distribui em praças e as vende por um valor que custeie os gastos e suas ideias. Tem o apoio de familiares e amigos e crê que seus clientes gostam do seu trabalho, além de divulgar por sua conta no Instagram.
“Eu espero que as pessoas vejam esse tipo de conteúdo e se sintam incentivadas a criarem o seu, é algo pessoal, sem editora, para que possa virar algo cultural aqui no Amapá” comenta o estudante.
Sempre anda com suas duas obras em mãos e está reunindo ideias e anotações para em breve ter mais uma publicação. Pretende também, criar material só com textos e outro apenas com ilustrações.
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